27 dezembro 2011

dré

Não gosto que mudem as coisas de sítio, que substituam uma coisa antiga por outra mais moderna e nova, não gosto de mudanças, por mim tudo se mantinha igual a sempre. Então como é que, sem eu dar por isso, tudo mudou de sítio e nada está igual? 
Quando vamos sair, muitas vezes tenho uma grande vontade de ir tocar à tua campainha para vires connosco. Esperar por ti ao som dos latidos da tua cadela. Fazer aquele caminho por entre as vivendas para te ir buscar ou lanchar. Fiz esse caminho pelo menos uma vez por semana durante 12 anos da minha vida. Ultimamente não visitava essa casa tão frequentemente, mas quando o fazia parecia que voltava a ter 8 anos e ia a caminho de uma tarde cheia de brincadeiras e mundos imaginários que inventavas e para os quais sempre me levaste. Como é que perdermos tudo isso? Falta de comunicação talvez. Falta de uma conversa que talvez tivesse resolvido tudo, onde pudéssemos ser sinceros um com o outro sem mais ninguém a tentar destruir o que levou uma dúzia de anos a construir.
Hoje os meus pais perguntaram por ti e tive de dizer que já não sabia de ti. Eu fiquei triste ao dizer estas palavras, eles ficaram tristes aos ouvi-las, porque tu sabes que és como um filho para eles e um irmão para mim.
Se um dia conseguirmos resolver este assunto espero que voltemos à relação que tínhamos e que não fiquemos distantes um com o outro. És uma parte de mim, foi contigo que cresci e quero que continues a estar comigo até que não dê mais. Mas por agora ainda há muito mais para dar. tenho muitas saudades tuas dé.

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